Não sou matrona, mãe dos Gracos, Cornélia,sou é mulher do povo, mãe de filhos, Adélia.
Faço comida e como.
Aos domingos bato o osso no prato pra chamar o cachorro e atiro os restos.
Quando dói, grito ai, quando é bom, fico bruta,as sensibilidades sem governo.
Mas tenho meus prantos,claridades atrás do meu estômago humilde e fortíssima voz pra cânticos de festa.
Quando escrever o livro com o meu nome e o nome que eu vou pôr nele, vou com ele a uma igreja,a uma lápide, a um descampado, para chorar, chorar e chorar,requintada e esquisita como uma dama.
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